Para ele, as maiores felicidades. Para a mãe, todas as flores deste mundo (lírios, claro!)
MENINO
Menino
No colo da mãe
a criança vai e vem
vem e vai
balança.
Nos olhos do pai
nos olhos da mãe
vem e vai
vai e vem
a esperança.
Ao sonhado futuro
sorri a mãe
sorri o pai.
Maravilhado
o rosto puro da criança
vai e vem
vem e vai
balança.
De seio a seio
a criança
em seu vogar
ao meio
do colo-berço
balança.
Balança
como o rimar
de um verso
de esperança.
Depois
quando com o tempo
a criança vem crescendo
vai a esperança
minguando.
E ao acabar-se
de vez
fica a exacta medida
da vida
de um português.
Criança portuguesa
da esperança
na vida faz certeza
conseguida.
Só nossa vontade
alcança
da esperança
humana realidade.
Manuel da Fonseca, in "Poemas para Adriano"
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